A newsletter Risco Político antecipa

o que vai acontecer em Brasília

para você não ser surpreendido

pelas decisões do poder

FÁBIO ZAMBELI

Analista-chefe do JOTA em SP

O DIÁRIO DA GOVERNABILIDADE EM 2020

Diariamente, os assinantes do JOTA PRO Poder recebem alertas e panoramas políticos sobre o cenário político brasileiro e os bastidores dos Três Poderes. Com base nessa cobertura exclusiva, nós criamos uma retrospectiva do último ano para oferecer uma visão global de tudo que aconteceu em um dos anos mais atípicos da história recente do Brasil.


Ao longo de 2021, o Risco Político continuará ajudando o assinante do JOTA a construir as respostas para dúvidas tão essenciais para dar mais previsibilidade ao futuro do Brasil, nossa missão primordial.



AS PRINCIPAIS VARIÁVEIS


PODERES | Mantendo convívio de altos e baixos com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre, Jair Bolsonaro ameaçou em diversas ocasiões o Supremo Tribunal Federal, estimulando manifestações que pediam o fechamento da corte, insinuando que poderia descumprir decisões judiciais e autorizando ataques coordenados por seu núcleo digital de apoio aos ministros. O humor de Bolsonaro com o Judiciário só mudou com a escalada das acusações contra familiares, em especial Flávio Bolsonaro, e a prisão do amigo Fabrício Queiroz. Apesar de esticar a corda com os poderes, o presidente tentou criar conexões no STF e contou com o respaldo de integrantes do colegiado. Pressionado no TSE por julgamentos que remetiam à disputa de 2018, Bolsonaro tentou recuperar o diálogo, mas perdeu a confiança dos magistrados: o flerte com o autoritarismo contaminou a relação e manteve o presidente sob vigilância permanente da alta cúpula do Judiciário.

GOVERNADORES | Ancorado por decisões do STF que endossaram a autonomia dos entes federados para adoção de medidas de contenção à Covid-19, Bolsonaro buscou o conflito com governadores e prefeitos que recrudesceram as regras de funcionamento da economia. Lidando com a pressão no sistema de saúde, muitos deles se distanciaram do discurso adotado pelo Executivo Federal. O presidente, contudo, teve sucesso no embate ao delegar responsabilidades na pandemia e repassar recursos para salvar os Estados da bancarrota. Bolsonaro também comprou briga com os rivais que se mexiam para 2022, em especial João Doria e Wilson Witzel. O indicador mostra como o bolsonarismo, apesar do isolamento institucional do presidente, lucrou com o conflito e acabou dividindo o ônus da crise econômica com potenciais adversários. 

AGENDA GUEDES | A relação do ministro da Economia com o núcleo de poder do Planalto e as entregas da sua pasta sofreram reveses expressivos no transcorrer de 2020, mas a agenda defendida pelo "Posto Ipiranga" ainda se mantém como "seguro" contra o populismo nos gastos públicos e, por consequência, oferece um horizonte de compromisso com o rigor fiscal. Guedes, mesmo mais frágil politicamente e com a credibilidade no mercado abalada, é o guardião do teto de gastos e a instabilidade de sua interlocução com a classe política é retratada no gráfico acima. Quando viveu o pior momento no cargo, sendo desautorizado pelo Congresso e pelos ministros militares, Guedes recuperou fôlego depois que as sugestões dos líderes políticos para custear programas sociais esbarrarem na contabilidade criativa.

REDES | Em alta no início da crise, o engajamento em favor de Jair Bolsonaro nas redes sociais apresentou trajetória estável até o momento em que o STF deflagrou uma ofensiva contra as chamadas "fake news" e desarticulou a rede de blogueiros que atuava em defesa do presidente no ambiente digital. Após o cerco estabelecido pelo ministro Alexandre de Moraes ao núcleo de apoiadores bolsonaristas, entre os meses de maio e julho, a sustentação ao governo sofreu abalo nas principais "praças" do debate público virtual. Os influenciadores do campo conservador se reposicionaram com ativações orgânicas, em especial quando Bolsonaro retomou a intensa agenda de viagens pelos rincões do país, com farta documentação em fotos e vídeos, que serviram para demonstrar o crescimento de sua popularidade nas regiões Norte e Nordeste.

GLOBAL | A percepção sobre o governo Bolsonaro na imprensa internacional passou por expressiva deterioração no decorrer da crise do coronavírus. No início, a conduta do presidente na gestão da crise sanitária o projetou como negacionista e omisso diante das recomendações da OMS e dos cientistas. O conflito com as instituições, o descuido com as minorias (sobretudo a população indígena) e a escalada dos indicadores de desmatamento, sobretudo na Amazônia, consolidaram essa degradação na imagem global bolsonarista. Em poucas abordagens positivas ao governo na mídia internacional, destacou-se a avaliação de sucesso das políticas de estímulo e socorro financeiro aos vulneráveis, consideradas exemplares, ágeis e eficientes, embora insustentáveis sob o ponto de vista das contas públicas.

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UM PASSO À FRENTE

Os nossos assinantes recebem todos os dias uma análise política diretamente de Fábio Zambeli, um dos maiores especialistas na cobertura política do Brasil, para acompanhar a governabilidade de Bolsonaro a partir das variáveis Poderes, Governadores, Agenda Guedes, Redes e Global. Neste ebook, nós compilamos todos os alertas enviados, analisamos essas informações e, utilizando inteligência de dados e nossa expertise, criamos uma visão geral deste ano para que você possa se preparar para os desafios de 2021.

“Não há um único dia em que eu vá dormir sem ler a newsletter Risco Político. Os textos trazem uma análise acurada e desapaixonada dos temas, enriquecida com uma grande capacidade de apuração. É mais um dos conteúdos produzidos pelo JOTA que se tornam essenciais para compreender o ambiente político brasileiro. Esse entendimento do cenário norteia a tomada de decisão.”


Leandro Modé, superintendente de comunicação corporativa e relações governamentais do Itaú Unibanco

“O Risco Político do JOTA tem sido uma fonte importante para tomada de decisão e avaliação político-econômica de tendências e bastidores do país, antecipando-se aos fatos. Informações e análises políticas inteligentes e perspicazes - sempre no formato, tamanho e imparcialidade necessárias.” 


Patrícia Audi, vice-presidente de Comunicação, Marketing, Relações Institucionais e Sustentabilidade do Santander

“O Brasil vai enfrentar um período muito desafiador nos próximos anos e, para ter sucesso, vai precisar de lideranças novas em setores importantes como a imprensa. Fábio Zambeli é certamente uma delas. A sua análise é uma das melhores do país.”


Luiz Carlos Mendonça de Barros, economista e consultor, ex-ministro e ex-diretor do Banco Central

Confira a retrospectiva política de 2020 do JOTA

CONHEÇA AS LIDERANÇAS EDITORIAIS DO JOTA

Além de contar com Felipe Recondo, nosso cofundador e o principal analista de Judiciário do país, o JOTA tem uma equipe com dezenas de jornalistas, cientistas de dados e profissionais do Direito, especializados na cobertura das diversas áreas do Poder

Felipe Recondo

Cofundador e diretor de conteúdo


Felipe Recondo é especialista em Supremo Tribunal Federal. Trabalhou por dezoito anos cobrindo o Judiciário, Política e Economia. Passou pelas redações de O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo, Isto É Dinheiro, além do blog do Ricardo Noblat. Recondo ganhou o Prêmio Esso do Sudeste em 2012. É cofundador e analista-chefe do JOTA.

Fernando Mello

Cofundador e diretor do JOTA Labs


Mestre pela School of Foreign Service da Universidade Georgetown, é doutorando em Ciência Política na Universidade da Califórnia, Los Angeles. Foi repórter da VEJA, Folha de S. Paulo e Playboy. Ganhou o prêmio Esso de Melhor Contribuição para a Imprensa, prêmio do Instituto Prensa y Sociedad, duas vezes o prêmio Abril de Jornalismo e duas vezes o prêmio de excelência da Sociedad Interamericana de Prensa. Tem interesse em inferência causal, accountability, lobby e controle da corrupção.

Raquel Alves

Analista de Política 


Iniciou a carreira em 1998, na extinta Radiobrás. Trabalhou na Agência Nordeste, no jornal DCI, na TV Record e na Agência CMA, sempre na cobertura de Congresso Nacional e Palácio do Planalto. Especializou-se na cobertura do processo legislativo, regras internas da Câmara e do Senado e nos andamentos de projetos no Congresso. Desde fevereiro de 2016, integra a equipe do JOTA em Brasília na cobertura diária dos eventos do Poder Legislativo.

Bárbara Mengardo

Editora de Tributário


Formada pela PUC-SP, Bárbara Mengardo atua há seis anos na cobertura de Judiciário, com enfoque na área tributária e no acompanhamento do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). Antes de atuar no JOTA, trabalhou nas redações de São Paulo e de Brasília do jornal Valor Econômico e na revista Caros Amigos.

Gustavo Gantois

Editor de Saúde


Jornalista formado pela Universidade Católica de Brasília. Iniciou a carreira no Correio Braziliense, em 2001, na cobertura de Economia e Internacional. Por seis anos, foi repórter da IstoÉ Dinheiro, onde foi titular da coluna Poder, e já teve passagem pelos principais portais brasileiros, como IG e R7. No portal Terra, dirigiu a sucursal de Brasília. Especializado na cobertura de assuntos econômicos e jurídicos, foi secretário de Comunicação Social do Conselho Nacional de Justiça e está no JOTA desde 2016.

Daniel Marcelino

Gerente de dados


Cientista político especializado em métodos quantitativos, técnicas de amostragem e modelos bayesianos de previsão. Antes do JOTA, trabalhou em universidades e órgãos de governos: Universidade de York (Toronto, Canadá), IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e Prefeitura de Curitiba. Tem mestrado em Estudos Comparados pela Universidade de Brasília e doutorado em andamento na Universidade de Montreal, Canadá. Como pesquisador, publicou estudos em revistas acadêmicas e capítulos de livros, e foi contemplado com as seguintes bolsas e prêmios: Emerging Leaders in the Americas, CAPES/Fulbright Scholarship, Merit Scholarchip for Foreign Students, Menção honrosa: Prêmio Marcus Figueiredo WAPOR (2011).

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